As últimas decisões do STF foram só boas notícias para o Planalto; a decisão de libertar o ex-assessor especial de Michel Temer Rodrigo Rocha Loures foi recebida com silêncio pelos principais aliados do peemedebista, mas houve quem comemorasse no Palácio do Planalto; liberação do homem da mala reduz a pressão sobre Temer
Depois do terremoto provocado pelo envio da denúncia da Procuradoria-Geral da República à Câmara, Michel Temer encerrou a semana comemorando um alivio. A decisão de libertar seu homem da mala, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, foi recebida com silêncio pelos principais aliados de Temer, mas houve quem comemorasse no Palácio do Planalto.
A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), reduz a pressão sobre o peemedebista e pode enfraquecer a narrativa do empresário Joesley Batista, dono da JBS, que gravou Temer. O que, consequentemente, fortalece o discurso de Temer, que tem prazo de até dez sessões para se defender na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Na última semana, o Temer adotou a máxima de que a melhor defesa é o ataque e subiu o tom contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Outro ponto de alívio para o governo com a soltura de Rocha Loures é o fato de seus advogados já darem como descartada a possibilidade de uma delação premiada do ex-deputado, o que familiares do ex-assessor vinham defendendo em função dos problemas decorrentes da prisão.
A soltura do ex-assessor de Temer veio no mesmo dia em que o senador Aécio Neves foi autorizado a retornar ao Senado. Apesar da divisão interna no PSDB, que segue participando do governo, mas tem algumas de suas principais lideranças colocando Temer sob suspeita, a volta do tucano pode reforçar a tropa de choque de Temer no Congresso e lhe dar mais fôlego na votação da denúncia na Câmara dos Deputados. O governo quer votar o mais rápido possível a denúncia e tentar rejeitá-la.
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